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A maquera ou maquério (do grego latinizado, proveniente, por sua vez de μάχαιρα mákhaira, plural mákhairai em grego antigo), no contexto da Antiguidade Clássica, trata-se de um determinado tipo de arma de corte, geralmente um facão ou uma espada curta, ambos de um só gume.
Nos textos gregos antigos,"μάχαιρα" é um termo muito polissémico e pode referir-se a um vasto leque de objectos cortantes, desde facas pequenas, como bisturis, até espadas curtas. Sendo certo que, nos contextos marciais, o termo "μάχαιρα" é amiúde aplicado para designar espadas de um gume só, com lâmina de folha recta ou recurva.
Os historiadores modernos reconhecem uma certa dificuldade ao diferenciar a maquera da cópis, visto que, para os autores clássicos, dependendo da época e do contexto, há ansa para uma certa sinonímia entre os dois termos.
Com efeito, mesmo os autores mais rigorosos, dentre os quais se sobressai Xenofonte, destacado militar, há instâncias em que parecem tratar-se do mesmo objecto, (por exemplo, no tratado "Da Equitação" de Xenofonte, a maquera e a cópis indistinguem-se, por contraste com o xifo), ao passo que noutros textos, dos quais também se contam alguns de Xenofonte (por exemplo a Ciropédia), parecem tratar-se de armas diferentes.
As distinções entre as duas armas, a que nos podemos apegar mais concretamente, prendem-se com a curvatura das lâminas, sendo que a maquera tanto pode ter lâmina curva ou recta, ao passo que a cópis teria sempre necessariamente uma lâmina côncava. A maquera era tendencialmente usada como arma de corte (atenta a descrição dada por Xenofonte no tratado " Da equitação") ao passo que a cópis é tendencialmente usada como arma perfurante, sendo certo que há alguns exemplares de maqueras e de cópis que são armas corto-perfurantes.
Só a partir do século IV a.C e em algumas circunstâncias é que significou espada de guerra.
Quando se trata duma espada, não aparece quase nunca associada concretamente a um tipo específico, nem a um povo em particular. Mesmo Xenofonte, na passagem, em que identifica a maquera como uma espada de um só gume, mormente usada pela cavalaria, não a circunscreve especificamente aos gregos, persas ou a outros povos.
Em todo o caso, é mais consensual que o termo maquera se reporte especialmente a espadas destinadas a desferir talhadas, do que a armas pontiagudas feitas para desferir estocadas. Este será, ulteriormente, o sentido colhido por Isidoro de Sevilha.
A maquera, enquanto espada cortante, pode ser de folha recta, ou não, mas, em todo o caso, não seria côncava, como a cópis.